 Información de la canción  En esta página puedes leer la letra de la canción Tô Ouvindo Alguém Me Chamar de - Racionais MC's.
 Información de la canción  En esta página puedes leer la letra de la canción Tô Ouvindo Alguém Me Chamar de - Racionais MC's. Fecha de lanzamiento: 21.12.2023
Restricciones de edad: 18+
Idioma de la canción: portugués
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 Información de la canción  En esta página puedes leer la letra de la canción Tô Ouvindo Alguém Me Chamar de - Racionais MC's. | Tô Ouvindo Alguém Me Chamar | 
| Tô ouvindo alguém gritar meu nome | 
| Parece um mano meu, é voz de homem | 
| Eu não consigo ver quem me chama | 
| É tipo a voz do Guina | 
| Não, não, não, o Guina tá em cana | 
| Será? Ouvi dizer que morreu | 
| Última vez que eu o vi, eu lembro até que eu não quis ir, ele foi | 
| Parceria forte aqui era nós dois | 
| Louco, louco, louco e como era | 
| Cheirava pra caralho, (vixe) sem miséria | 
| Doido ponta firme | 
| Foi professor no crime | 
| Também maior sangue frio, não dava boi pra ninguém (Hamm…) | 
| Puta aquele mano era foda | 
| Só moto nervosa | 
| Só mina da hora | 
| Só roupa da moda | 
| Deu uma pá de blusa pra mim | 
| Naquela fita na butique do Itaim | 
| Mas sem essa de sermão, mano, eu também quero ser assim | 
| Vida de ladrão, não é tão ruim | 
| Pensei, entrei no outro assalto pulei, pronto, aí o Guina deu mó ponto: | 
| — Aí é um assalto, todo mundo pro chão, pro chão! | 
| — Aí filho da puta, aqui ninguém tá de brincadeira não! | 
| — Mais eu ofereço o cofre mano, o cofre, o cofre! | 
| — Vamo lá que o bicho vai pegar! | 
| Pela primeira vez vi o sistema aos meu pés | 
| Apavorei, desempenho nota dez | 
| Dinheiro na mão, o cofre já tava aberto | 
| O segurança tentou ser mais esperto, então | 
| Foi defender o patrimônio do playboy, cuzão. (tiros) | 
| Não vai dar mais pra ser super-heroi | 
| Se o seguro vai cobrir (hehe), foda-se, e daí? | 
| Huh, O Guina não tinha dó | 
| Se reagir, bum, vira pó | 
| Sinto a garganta ressecada | 
| E a minha vida escorrer pela escada | 
| Mas se eu sair daqui eu vou mudar | 
| Eu to ouvindo alguém me chamar | 
| Eu to ouvindo alguém me chamar | 
| Tinha um maluco lá na rua de trás | 
| Que tava com moral até demais | 
| Ladrão, ladrão, e dos bons | 
| Especialista em invadir mansão | 
| Comprava brinquedo a reveria | 
| Chamava a molecada e distribuía | 
| Sempre que eu via ele tava só | 
| O cara é gente fina mas eu sou melhor | 
| Eu aqui na pior, ele tem o que eu quero | 
| Jóia escondida e uma 380 | 
| Num desbaratino ele até se crescia | 
| Se páh, ignorava até que eu existia | 
| Tem um brilho na janela, é então | 
| A bola da vez tá vendo televisão | 
| (Psiu…Vamo, vai, entramo) | 
| Guina no portão, eu e mais um mano | 
| — Como é que é neguinho? | 
| Humm… Se dirigia a mim, e ria, ria, como se eu não fosse nada | 
| Ria, como fosse ter virada | 
| Estava em jogo, meu nome e atitude. (tiros) | 
| Era uma vez Robin Hood | 
| Fulano sangue ruim, caiu de olho aberto | 
| Tipo me olhando, Hee, me jurando | 
| Eu tava bem de perto e acertei os seis | 
| O Guina foi e deu mais três | 
| Lembro que um dia o Guina me falou | 
| Que não sabia bem o que era amor | 
| Falava quando era criança | 
| Uma mistura de ódio, frustração e dor | 
| De como era humilhante ir pra escola | 
| Usando a roupa dada de esmola | 
| De ter um pai inútil, digno de dó | 
| Mais um bêbado, filho da puta e só | 
| Sempre a mesma merda, todo dia igual | 
| Sem feliz aniversário, Páscoa ou Natal | 
| Longe dos cadernos, bem depois | 
| A primeira mulher e o 22 | 
| Prestou vestibular no assalto do busão | 
| Numa agência bancária se formou ladrão | 
| Não, não se sente mais inferior | 
| Aí neguinho, agora eu tenho o meu valor | 
| Guina, eu tinha mó admiração, ó | 
| Considerava mais do que meu próprio irmão, ó | 
| Ele tinha um certo dom pra comandar | 
| Tipo, linha de frente em qualquer lugar | 
| Tipo, condição de ocupar um cargo bom e tal | 
| Talvez em uma multinacional | 
| É foda, pensando bem que desperdício | 
| Aqui na área acontece muito disso | 
| Inteligência e personalidade, mofando atrás da porra de uma grade | 
| Eu só queria ter moral e mais nada | 
| Mostrar pro meu irmão | 
| Pros cara da quebrada | 
| Uma caranga e uma mina de esquema | 
| Algum dinheiro resolvia o meu problema | 
| O que eu tô fazendo aqui? | 
| Meu tênis sujo de sangue, aquele cara no chão | 
| Uma criança chorando e eu com um revólver na mão | 
| Ou era um quadro do terror, e eu que fui ao autor | 
| Agora é tarde, eu já não podia mais | 
| Parar com tudo, nem tentar voltar atrás | 
| Mas no fundo, mano, eu sabia | 
| Que essa porra ia zoa minha vida um dia | 
| Me olhei no espelho e não reconheci | 
| Estava enlouquecendo, não podia mais dormir | 
| Preciso ir até o fim | 
| Será que Deus ainda olha pra mim? | 
| Eu sonho toda madrugada | 
| Com criança chorando e alguém dando risada | 
| Não confiava nem na minha própria sombra | 
| Mas segurava a minha onda | 
| Sonhei que uma mulher me falou, eu não sei o lugar | 
| Que um conhecido meu (quem?) ia me matar | 
| Precisava acalmar a adrenalina | 
| Precisava parar com a cocaína | 
| Não to sentindo meu braço | 
| Nem me mexer da cintura pra baixo | 
| Ninguém na multidão vem me ajudar | 
| Que sede da porra, eu preciso respirar | 
| Cadê meu irmão? | 
| Nunca mais vi meu irmão | 
| Diz que ele pergunta de mim, não sei não | 
| A gente nunca teve muito a ver | 
| Outra idéia, outro rolê | 
| Os malucos lá do bairro | 
| Já falava de revólver, droga, carro | 
| Pela janela da classe eu olhava lá fora | 
| A rua me atraia mais do que a escola | 
| Fiz dezessete, tinha que sobreviver | 
| Agora eu era um homem | 
| Tinha que correr | 
| No mundão você vale o que tem | 
| Eu não podia contar com ninguém | 
| Cuzão, fica você com seu sonho de doutor | 
| Quando acordar cê me avisa, morô? | 
| Eu e meu irmão, era como óleo e água | 
| Quando eu sai de casa trouxe muita mágoa | 
| Isso há mais ou menos seis anos atrás | 
| Porra, mó saudade do meu pai! | 
| Me chamaram para roubar um posto | 
| Eu tava duro, era mês de Agosto | 
| Mais ou menos três e meia, luz do dia | 
| Tudo fácil demais, só tinha um vigia | 
| Não sei, não deu tempo, eu não vi, ninguém viu | 
| Atiraram na gente, o moleque caiu | 
| Prometi pra mim mesmo, era a última vez | 
| Porra, ele só tinha dezesseis | 
| Não, não, não, tô afim de parar | 
| Mudar de vida, ir pra outro lugar | 
| Um emprego decente, sei lá | 
| Talvez eu volte a estudar | 
| Dormir a noite era difícil pra mim | 
| Medo, pensamento ruim | 
| Ainda ouço gargalhadas, choro e vozes | 
| A noite era longa, mó neurose | 
| Tem uns malucos atrás de mim | 
| Qual é? Eu nem sei | 
| Diz que o Guina tá em cana e eu que caguetei | 
| Logo quem, logo eu, olha só, ó | 
| Que sempre segurei os B. O | 
| Não, eu não sou bobo, eu sei qual é que é! | 
| Mas eu não to com esse dinheiro que os cara quer | 
| Maior que o medo, o que eu tinha era decepção | 
| A trairagem, a pilantragem, a traição | 
| Meus aliado, meus mano, meus parceiro | 
| Querendo me matar por dinheiro | 
| Vivi sete anos em vão | 
| Tudo que eu acreditava não tem mais razão, não | 
| Meu sobrinho nasceu | 
| Diz que o rosto dele é parecido com o meu | 
| Hee, diz, um pivete eu sempre quis | 
| Meu irmão merece ser feliz | 
| Deve estar a essa altura | 
| Bem perto de fazer a formatura | 
| Acho que é direito, advocacia | 
| Acho que era isso que ele queria | 
| Sinceramente eu me sinto feliz | 
| Graças a Deus, não fez o que eu fiz | 
| Minha finada mãe, proteja o seu menino | 
| O diabo agora guia o meu destino | 
| Se o Júri for generoso comigo | 
| Quinze anos para cada latrocínio | 
| Sem dinheiro pra me defender | 
| Homem morto, cagueta, sem ser | 
| Que se foda, deixa acontecer | 
| Não há mais nada a fazer | 
| Essa noite eu resolvi sair | 
| Tava calor demais, não dava pra dormir | 
| Ia levar meu canhão, sei lá, decidi que não | 
| É rapidinho, não tem precisão | 
| Muita criança, pouco carro, vou tomar um ar | 
| Acabou meu cigarro, vou até o bar | 
| -E aí, como é que é, e aquela lá ó? | 
| -To devagar, to devagar | 
| Tem uns baratos que não dá pra perceber | 
| Que tem mó valor e você não vê | 
| Uma pá de árvore na praça, as crianças na rua | 
| O vento fresco na cara, as estrela, a lua | 
| Dez minutos atrás, foi como uma premonição | 
| Dois moleques caminharam em minha direção | 
| Não vou correr, eu sei do que se trata | 
| Se é isso que eles querem | 
| Então vem, me mata | 
| Disse algum barato pra mim que eu não escutei | 
| Eu conhecia aquela arma, é do Guina, eu sei | 
| Uma 380 prateada, que eu mesmo dei | 
| Um moleque novato com a cara assustada | 
| (Aí mano, o Guina mandou isso aqui pra você) | 
| Mas depois do quarto tiro eu não vi mais nada | 
| Sinto a roupa grudada no corpo | 
| Eu quero viver, não posso estar morto | 
| Mas se eu sair daqui eu vou mudar | 
| Eu tô ouvindo alguém me chamar | 
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