Letras Vida Loka, Pt. 1 - Racionais MC's

Vida Loka, Pt. 1

Vagabunda, queria atacar do malucão, usou meu nome\nO pipoca abraç ou. Foi na porta da minha casa lá botou pânico em todo mundo\n3h da tarde\nE eu nem tava lá…vai vendo!\n-à mas aí, Brown, tem uns tipo de mulher truta que não dá nem pra comentar\n-Eu nem sei quem é os maluco, isso que é foda\n-Aí vamo atrás desse pipoca aí e já era\n-Ir atrás de quem e aonde? Sei nem quem é, mano\n-Mano, não devo, não temo e dá meu copo que já era\n— E aí, bandido mal, como que é, meu parceiro?\n— E aí, Abraão, firmão truta?\n— Firmeza total, Brown… e a quebrada aí, irmão?\n— Tá pampa, aí fiquei sabendo do seu pai, aí, lamentável truta,\nmeu sentimento mesmo, mano!\n— Vai vendo, Brown, meu pai morreu e nem deixaram eu ir no enterro do meu coroa\nnão, irmão\n— Isso é louco, você tava aonde na hora?\n— Tava batendo uma bola, meu, fiquei na mó neurose, irmão\n— Aí foram te avisar?\n— Ã, vieram me avisar, mas tá firmão, brou.\nEu tô firmão, logo mais tô aí na quebrada com vocês aí\n— à quente, na rua tambÃ(c)m num tá fácil não morô, truta?\nUns juntando inimigo, outros juntando dinheiro, sempre tem um pra testar sua\nfé, mas tá ligado, sempre tem um corre a mais pra fazer, aí, mano, liga,\nliga nós aí qualquer coisa lado a lado, nós até o fim morô, mano?\n-Tô ligado!\nFé em Deus que ele é justo!\nEi, irmão, nunca se esqueç a\nNa guarda, guerreiro, levanta a cabeç a, truta\nOnde estiver, seja lá como for\nTenha fé, porque até no lixão nasce flor\nOre por nós pastor, lembra da gente\nNo culto dessa noite, firmão, segue quente\nAdmiro os crentes, dá licenç a aqui\nMó função, mó tabela, pô, desculpa aí\nEu me sinto à s vezes meio pá, inseguro\nQue nem um vira-lata, sem fé no futuro\nVem alguÃ(c)m lá, quem é quem, quem será meu bom\nDá meu brinquedo de furar moletom!\nPorque os bico que me vê, com os truta na balada\nTenta ver, quer saber, de mim não vê nada\nPorque a confianç a é uma mulher ingrata\nQue te beija e te abraç a, te rouba e te mata\nDesacreditar, nem pensar, só naquela\nSe uma mosca ameaç ar, me catar, piso nela\nO bico deu mó guela, pique bandidão\nFoi em casa na missão, me trombar na Cohab\nDe camisa larga, vai saber\nDeus que sabe, qual é maldade comigo, inimigo no migué Tocou a campainha plim, pra tramar meu fim\nDois maluco armado sim, um isqueiro e um estopim\nPronto pra chamar minha preta pra falar\nQue eu comi a mina dele… Ah, se ela tava lá\nVadia mentirosa, nunca vi deu mó faia\nEspírito do mal! cão de buceta e saia\nTalarico nunca fui e é o seguinte\nAndo certo pelo certo, como 10 e 10 é 20\nJá pensou doido e se eu tô com meu filho no sofá\nDe vacilo desarmado era aquilo\nSem culpa e sem chance, nem pra abrir a boca\nIa nessa sem saber, pro cê vê, Vida Loka!\n-Aí, Brown, nós tá aqui dentro, mas demorô, truta, liga nós, irmão\n— Não, truta, aí, jamais vamo levar problema pro cêis aí, nóis resolve na\nrua rapidinho tambÃ(c)m\nMas aí, nem esquenta, e aí, e aquele jogo lá do final do ano que cê falô?\n— Então, truta, demorô, no final do ano nós vamo marca aquele jogo lá,\neu você, o Blue, os cara do Racionais, tudo aí, morô, meu? Visita sua aqui\né sagrada, safado num atravessa não, morô?\nMais na rua não é não!\nAté Jack! Tem quem passe um pano\nImpostor, pé de black, passa por malandro\nA inveja existe e a cada 10, 5 é na maldade\nA mãe dos pecado capital é a vaidade\nMas se é pra resolver, se envolver, vai meu nome, eu vô\nFazer o que se cadeia é pra homem?\nMalandrão eu? Não, ninguÃ(c)m é bobo\nSe quer guerra, terá, se quer paz, quero em dobro\nMas, verme é verme, é o que é Rastejando no chão, sempre embaixo do pé E fala uma, duas vez, se marcar até três\nNa quarta, xeque-mate que nem no xadrez\nEu sou guerreiro do rap, sempre em alta voltagem\nUm por um, Deus por nós, tô aqui de passagem\nVida loka, eu não tenho dom pra vítima\nJustiç a e liberdade, a causa é legítima\nMeu rap faz o cântico, dos louco e dos romântico, vô\nPor um sorriso de crianç a aonde eu for\nPros parceiros, tenho a oferecer minha presenç a\nTalvez até confusa, mas real e intensa\nMeu melhor Marvin Gaye, sabadão na marginal\nO que será será, é nós vamo até o final\nLiga eu, liga nós, onde preciso for\nNo paraíso ou no dia do juízo, pastor\nE liga eu e os irmãos é o ponto que eu peç o\nFavela, fundão, imortal nos meus verso\nVida loka\n— E aê, Brown, é os espião irmão!\n— Tô com os mano aí, eu vô, tô indo ali na zona leste aí, tipo umas 11\nhoras eu já to voltando já, morô?\n— Tá firmão aí, Brown, aí, mano, eu vô desliga, mas tu manda um salve pros\nmano da quebrada aí, morô? A Gil, morô, mano? Pro Batatão, pro Pacheco,\npro Porquinho, pro Xande, pro Dé, morô, meu? Aí no dia do jogo moro,\nos mano do Exaltasamba vão vir, manda um salve para os pinha lá, morô?\nFica com Deus, irmão