Información de la canción En esta página puedes encontrar la letra de la canción Faroeste Caboclo, artista - Renato Russo. canción del álbum O Trovador Solitário, en el genero Музыка мира
Fecha de emisión: 30.06.2008
Etiqueta de registro: Discobertas
Idioma de la canción: portugués
Faroeste Caboclo(original) |
Não tinha medo o tal João de Santo Cristo |
Era o que todos diziam quando ele se perdeu |
Deixou pra trás todo o marasmo da fazenda |
Só pra sentir no seu sangue o ódio que Jesus lhe deu |
Quando criança só pensava em ser bandido |
Ainda mais quando com um tiro de soldado o pai morreu |
Era o terror da cercania onde morava |
E na escola até o professor com ele aprendeu |
Ia pra igreja só pra roubar o dinheiro |
Que as velhinhas colocavam na caixinha do altar |
Sentia mesmo que era mesmo diferente |
Sentia que aquilo ali não era o seu lugar |
Ele queria sair para ver o mar |
E as coisas que ele via na televisão |
Juntou dinheiro para poder viajar |
De escolha própria, escolheu a solidão |
Comia todas as menininhas da cidade |
De tanto brincar de médico, aos doze era professor |
Aos quinze, foi mandado pro reformatório |
Onde aumentou seu ódio diante de tanto terror |
Não entendia como a vida funcionava |
Discriminação por causa da sua classe e sua cor |
Ficou cansado de tentar achar resposta |
E comprou uma passagem, foi direto a Salvador |
E lá chegando foi tomar um cafezinho |
E encontrou um boiadeiro com quem foi falar |
E o boiadeiro tinha uma passagem e ia perder a viagem |
Mas João foi lhe salvar |
Dizia ele: «Estou indo pra Brasília |
Neste país lugar melhor não há |
Tô precisando visitar a minha filha |
Eu fico aqui e você vai no meu lugar» |
E João aceitou sua proposta |
E num ônibus entrou no Planalto Central |
Ele ficou bestificado com a cidade |
Saindo da rodoviária, viu as luzes de Natal |
«Meu Deus, mas que cidade linda |
No Ano-Novo eu começo a trabalhar» |
Cortar madeira, aprendiz de carpinteiro |
Ganhava cem mil por mês em Taguatinga |
Na sexta-feira ia pra zona da cidade |
Gastar todo o seu dinheiro de rapaz trabalhador |
E conhecia muita gente interessante |
Até um neto bastardo do seu bisavô |
Um peruano que vivia na Bolívia |
E muitas coisas trazia de lá |
Seu nome era Pablo e ele dizia |
Que um negócio ele ia começar |
E Santo Cristo até a morte trabalhava |
Mas o dinheiro não dava pra ele se alimentar |
E ouvia às sete horas o noticiário |
Que sempre dizia que o seu ministro ia ajudar |
Mas ele não queria mais conversa |
E decidiu que, como Pablo, ele ia se virar |
Elaborou mais uma vez seu plano santo |
E sem ser crucificado, a plantação foi começar |
Logo logo os maluco da cidade souberam da novidade |
«Tem bagulho bom ai!» |
E João de Santo Cristo ficou rico |
E acabou com todos os traficantes dali |
Fez amigos, frequentava a Asa Norte |
E ia pra festa de rock, pra se libertar |
Mas de repente |
Sob uma má influência dos boyzinho da cidade |
Começou a roubar |
Já no primeiro roubo ele dançou |
E pro inferno ele foi pela primeira vez |
Violência e estupro do seu corpo |
«Vocês vão ver, eu vou pegar vocês» |
Agora o Santo Cristo era bandido |
Destemido e temido no Distrito Federal |
Não tinha nenhum medo de polícia |
Capitão ou traficante, playboy ou general |
Foi quando conheceu uma menina |
E de todos os seus pecados ele se arrependeu |
Maria Lúcia era uma menina linda |
E o coração dele pra ela o Santo Cristo prometeu |
Ele dizia que queria se casar |
E carpinteiro ele voltou a ser |
«Maria Lúcia pra sempre vou te amar |
E um filho com você eu quero ter» |
O tempo passa e um dia vem na porta |
Um senhor de alta classe com dinheiro na mão |
E ele faz uma proposta indecorosa |
E diz que espera uma resposta, uma resposta do João |
«Não boto bomba em banca de jornal |
Nem em colégio de criança isso eu não faço não |
E não protejo general de dez estrelas |
Que fica atrás da mesa com o cu na mão |
E é melhor senhor sair da minha casa |
Nunca brinques com um Peixes de ascendente Escorpião» |
Mas antes de sair, com ódio no olhar, o velho disse |
«Você perdeu sua vida, meu irmão» |
«Você perdeu a sua vida meu irmão |
Você perdeu a sua vida meu irmão |
Essas palavras vão entrar no coração |
Eu vou sofrer as consequências como um cão» |
Não é que o Santo Cristo estava certo |
Seu futuro era incerto e ele não foi trabalhar |
Se embebedou e no meio da bebedeira |
Descobriu que tinha outro trabalhando em seu lugar |
Falou com Pablo que queria um parceiro |
E também tinha dinheiro e queria se armar |
Pablo trazia o contrabando da Bolívia |
E Santo Cristo revendia em Planaltina |
Mas acontece que um tal de Jeremias |
Traficante de renome, apareceu por lá |
Ficou sabendo dos planos de Santo Cristo |
E decidiu que, com João ele ia acabar |
Mas Pablo trouxe uma Winchester-22 |
E Santo Cristo já sabia atirar |
E decidiu usar a arma só depois |
Que Jeremias começasse a brigar |
Jeremias, maconheiro sem-vergonha |
Organizou a Rockonha e fez todo mundo dançar |
Desvirginava mocinhas inocentes |
Se dizia que era crente mas não sabia rezar |
E Santo Cristo há muito não ia pra casa |
E a saudade começou a apertar |
«Eu vou me embora, eu vou ver Maria Lúcia |
Já tá em tempo de a gente se casar» |
Chegando em casa então ele chorou |
E pro inferno ele foi pela segunda vez |
Com Maria Lúcia Jeremias se casou |
E um filho nela ele fez |
Santo Cristo era só ódio por dentro |
E então o Jeremias pra um duelo ele chamou |
«Amanhã às duas horas na Ceilândia |
Em frente ao lote 14, é pra lá que eu vou |
E você pode escolher as suas armas |
Que eu acabo mesmo com você, seu porco traidor |
E mato também Maria Lúcia |
Aquela menina falsa pra quem jurei o meu amor» |
E o Santo Cristo não sabia o que fazer |
Quando viu o repórter da televisão |
Que deu notícia do duelo na TV |
Dizendo a hora e o local e a razão |
No sábado então, às duas horas |
Todo o povo sem demora foi lá só para assistir |
Um homem que atirava pelas costas |
E acertou o Santo Cristo começou a sorrir |
Sentindo o sangue na garganta |
João olhou pras bandeirinhas e pro povo a aplaudir |
E olhou pro sorveteiro e pras câmeras e |
A gente da TV que filmava tudo ali |
E se lembrou de quando era uma criança |
E de tudo o que vivera até ali |
E decidiu entrar de vez naquela dança |
«Se a via-crucis virou circo, estou aqui» |
E nisso o sol cegou seus olhos |
E então Maria Lúcia ele reconheceu |
Ela trazia a Winchester-22 |
A arma que seu primo Pablo lhe deu |
«Jeremias, eu sou homem. |
coisa que você não é |
E não atiro pelas costas não |
Olha pra cá filha da puta, sem vergonha |
Dá uma olhada no meu sangue e vem sentir o teu perdão» |
E Santo Cristo com a Winchester-22 |
Deu cinco tiros no bandido traidor |
Maria Lúcia se arrependeu depois |
E morreu junto com João, seu protetor |
E o povo declarava que João de Santo Cristo |
Era santo porque sabia morrer |
E a alta burguesia da cidade |
Não acreditou na história que eles viram na TV |
E João não conseguiu o que queria |
Quando veio pra Brasília, com o diabo ter |
Ele queria era falar pro presidente |
Pra ajudar toda essa gente que só faz |
Sofrer |
(traducción) |
El tal João de Santo Cristo no tuvo miedo |
Eso es lo que todos decían cuando se perdía. |
Dejó atrás todo el estancamiento de la granja |
solo de sentir en tu sangre el odio que jesus te dio |
De niño solo pensaba en ser ladrón |
Más aún cuando de un tiro de soldado murió el padre |
Era el terror del entorno donde vivia |
Y en la escuela hasta el maestro aprendió de él |
Fui a la iglesia solo para robar el dinero. |
Que las viejitas meten en la cajita del altar |
Realmente sentí que era diferente. |
Sintió que ese no era su lugar |
Quería salir a ver el mar |
Y las cosas que vio en la televisión |
Recaudó dinero para poder viajar |
Por su propia elección, eligió la soledad. |
Me comí a todas las niñas de la ciudad |
Después de tanto jugar al médico, a los doce años era profesor |
A los quince años fue enviado al reformatorio. |
¿Dónde aumentó tu odio ante tanto terror? |
No entendía cómo funcionaba la vida |
Discriminación por tu clase y tu color |
Me cansé de tratar de encontrar una respuesta |
Y compré un boleto, fui directo a Salvador |
Y cuando llegó se tomó un café |
Y encontró un vaquero con el que fue a hablar |
Y el ganadero tenia billete y se iba a perder el viaje |
Pero Juan fue a salvarlo. |
Dijo: «Me voy a Brasilia |
En este país no hay mejor lugar |
necesito visitar a mi hija |
Yo me quedo aquí y tú vas en mi lugar» |
E João aceptó su propuesta |
Y en un bus entró Planalto Central |
Quedó asombrado por la ciudad. |
Al salir de la estación de autobuses, vio las luces de Navidad |
«Dios mío, qué hermosa ciudad |
En Año Nuevo empiezo a trabajar» |
Cortar madera, aprendiz de carpintero |
Ganaba cien mil al mes en Taguatinga |
El viernes fui al área de la ciudad |
Gasta todo tu dinero de chico trabajador |
Y conocí a mucha gente interesante. |
Hasta un nieto bastardo de tu bisabuelo |
Un peruano que vivía en Bolivia |
Y muchas cosas que traje de allí |
Su nombre era Pablo y dijo |
Que negocio iba a emprender |
y santo cristo hasta que la muerte obró |
Pero el dinero no le alcanzaba para alimentarse. |
Y escuché las noticias a las siete |
Quien siempre decía que su ministro ayudaría |
pero el no queria hablar mas |
Y decidió que, como Pablo, daría la vuelta |
Él elaboró su santo plan una vez más |
Y sin ser crucificado comenzó la siembra |
Pronto los locos de la ciudad se enteraron de la noticia |
"¡Hay algunas cosas buenas allí!" |
Y João de Santo Cristo se hizo rico |
Y terminó con todos los traficantes allí. |
Hicimos amigos, asistimos a Asa Norte |
Fui a la fiesta del rock, a liberarme |
Pero de repente |
Bajo una mala influencia de la ciudad boyzinho |
empezó a robar |
En el primer robo bailó |
Y al carajo se fue por primera vez |
Violencia y violación de tu cuerpo |
«Ya verás, te atraparé» |
Ahora el Santo Cristo era un ladrón |
Intrépidos y temidos en el Distrito Federal |
No le tenía miedo a la policía. |
Capitán o narcotraficante, playboy o general |
Fue entonces cuando conoció a una chica. |
Y de todos sus pecados se arrepintió |
María Lucía era una niña hermosa |
Y su corazón por ella el Santo Cristo prometió |
Dijo que quería casarse. |
Y volvió a ser carpintero. |
«Maria Lúcia te amaré por siempre |
Y un hijo contigo quiero tener» |
El tiempo pasa y un día llega a la puerta |
Un caballero de clase alta con dinero en mano. |
Y él hace una propuesta indecorosa. |
Y dice que espera una respuesta, una respuesta de João |
«Yo no pongo bombas en los quioscos |
Ni en la escuela de niños, eso no lo hago |
Y no protejo a un general de diez estrellas |
Quién está detrás de la mesa con el culo en la mano |
Y será mejor que te vayas de mi casa. |
Nunca juegues con un ascendente Piscis de Escorpio» |
Pero antes de irse, con odio en la mirada, el anciano dijo |
«Perdiste la vida, mi hermano» |
«Perdiste la vida mi hermano |
Perdiste tu vida mi hermano |
Estas palabras entrarán en el corazón. |
Sufriré las consecuencias como un perro» |
No es que Cristo Santo tuviera razón |
Su futuro era incierto y no fue a trabajar |
Me emborraché y en medio de la borrachera |
Descubrí que había alguien más trabajando en su lugar |
Le habló a Pablo que quería una pareja |
Y también tenía dinero y quería armarse |
Pablo traía contrabando de Bolivia |
Y Santo Cristo revendido en Planaltina |
Pero sucede que tal Jeremías |
Reconocido narcotraficante, apareció allí |
Se enteró de los planes de Santo Cristo |
Y decidió que, con João, terminaría |
Pero Pablo trajo un Winchester-22 |
Y el Santo Cristo ya sabía disparar |
Y decidió usar el arma solo después de |
Que Jeremiah empiece a pelear |
Jeremiah, marihuanero desvergonzado |
Organizó Rockonha e hizo bailar a todos |
Devirginate jovencitas inocentes |
La gente solía decir que era creyente pero que no sabía cómo orar. |
Y Santo Cristo hace mucho tiempo que no está en casa |
Y el anhelo comenzó a apretar |
«Me voy, voy a ver a Maria Lúcia |
Es hora de que nos casemos» |
Volviendo a casa, lloró |
Y al carajo se fue por segunda vez |
Casado con Maria Lúcia Jeremias |
Y un hijo en ella hizo |
Santo Cristo, era solo odio por dentro |
Y luego Jeremías para un duelo llamó |
«Mañana a las dos en Ceilândia |
Frente al lote 14, ahí voy |
Y puedes elegir tus armas |
Que de verdad termino contigo cerdo traidor |
Yo también mato a Maria Lúcia |
Esa chica falsa a la que juré mi amor» |
Y el Santo Cristo no supo que hacer |
Cuando viste al reportero de televisión |
Quién reportó el duelo en la TV |
Diciendo la hora y el lugar y la razón |
El sábado entonces, a las dos |
Toda la gente fue allí sin demora solo para mirar |
Un hombre que disparó por la espalda |
Y acertó, el Santo Cristo empezó a sonreír |
Sintiendo la sangre en la garganta |
João miró las banderas y la gente aplaudiendo |
Y miró al heladero y las cámaras y |
Gente de televisión que filmó todo allí. |
Y recordó cuando era un niño |
Y todo lo que había vivido hasta entonces |
Y decidió entrar en ese baile de una vez por todas |
«Si el vía crucis se convirtiera en circo, aquí estoy yo» |
Y en eso el sol cegó sus ojos |
Y entonces María Lúcia reconoció |
Ella trajo el Winchester-22 |
El arma que le regaló su primo Pablo |
«Jeremías, soy un hombre. |
cosa que no eres |
Y no tiro por la espalda |
Mira aquí hijo de puta, no te avergüences |
Mira mi sangre y siente tu perdón» |
Y Santo Cristo con Winchester-22 |
Le disparó cinco tiros al bandido traidor |
Maria Lúcia se arrepintió después |
Y murió junto con João, su protector |
Y el pueblo declaró que João de Santo Cristo |
Era santo porque supo morir |
Y la alta burguesía de la ciudad |
No creyeron la historia que vieron en la televisión. |
E João no consiguió lo que quería |
Cuando vino a Brasilia, teniendo el diablo |
Quería hablar con el presidente. |
Para ayudar a todas estas personas que solo hacen |
Sufrir |