| Eu tenho um dia a mais pra viver
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| Um dia a mais pra sonhar
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| Um dia a mais pra correr
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| Um dia a mais pra lutar
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| Então segura, pois agora é força pura
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| Quem diz que vai me vencer vai ficar só na fissura
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| Porque eu tenho um dia a mais pra viver
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| Um dia a mais pra sonhar
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| Um dia a mais pra correr
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| Um dia a mais pra lutar
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| Barba, cabelo e bigode, pesado assim, como pode?
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| Saiam da frente o vagabundo não fode
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| Tudo morre em meio essas multidões, entre vidas
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| Imensidões de perdidas almas, indas e vindas
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| Sonhos em plantações, colheitas em prestações
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| E as chuvas que levaram a lavoura dos meus sonhos
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| Mendiguei pela vida, chorei na avenida
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| Da amargura a alma pura, pura dor recebida
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| Mantida em cálices de suor, não quero ser melhor
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| Se for melhor do que já fui, já não serei o pior
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| Porque eu tenho um dia a mais pra sofrer
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| Um dia a mais pra chorar
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| Um dia a mais pra aprender
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| Um dia a mais pra tentar
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| E o objetivo é claro, raro e sincero
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| E é claro meu caro, não paro e se não paro acelero
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| E o meu bonde é pesadão, Sean Kingston
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| Ligeiro tipo Bolt, novos records quebrarão
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| E o rap é fato negão, e é fato que a missão
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| É o rap no topo e sou top, boto no fogo a mão
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| Digo que é óbvio que a glória virá
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| Pra quem tiver memória, uma boa história pra contar
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| Se um dia é velório, teremos banquete amanhã
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| Mente sã, nóiz tudo pã, isso que eu quero, aham!
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| Pipas mandadas caindo do céu
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| Me lembra os otários caindo ao léu
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| Tá bonito o relógio, cabelo com gel
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| Agora mostra sua alma… Cruel!
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| Define quem é quem pra mandar
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| Por mais que você imagine que é alguém, sempre há
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| Alguém pra quem te descrimine
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| Na vitrine só quem pode pagar
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| E no biquini só quem pode pagar
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| Mas vai lutar
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| Porque eu tenho um dia a mais escrever
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| Um dia a mais pra cantar
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| Um dia a mais pra perder
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| Um dia a mais pra ganhar
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| Bolado, mais bolado que nunca pesado
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| Quem gosta gosta, quem não gosta fala bosta, coitado
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| Não tenho tudo quis
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| Mas com certeza eu tenho tudo que fiz
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| E fiz feliz por ser quem sou
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| Por ter meu dom, por só precisar de um giz
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| Diz que me diz, diz muita coisa mas não vê minha raiz
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| E eu vi a terra se abrindo, eu vi o céu caindo
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| Um furacão se aproximando e tudo aqui sucumbindo
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| Tive medo, mas o segredo é que eu venci o meu medo
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| Estralei os meu dedos e disse pode vim
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| Pois até Padre Quevedo teria medo aqui |