| Pra quem trabalha desde os 13, nunca recorreu ao 12
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| Dá valor ao que conquista, não vai querer viver de pose
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| Eu faço rap no Rio, cumpadi, tu tem coragem
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| Terra de samba, de bambas, no meio da malandragem
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| É sem patrão, falsidade, pra viver de verdade
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| Dei meu sangue por isso, queira ou não, fiz minha parte
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| Foda-se o seu blog, meu nome tá na cidade
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| Minha rima na voz do povo, do povo que é de verdade
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| Que sabe que faço resistência a toda essa mentira
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| Porque nunca fui padrão, eu trago a alternativa
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| De sonho até real, de extâse ou de dor
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| Que dá pra falar de ódio, mas dá pra falar de amor
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| O dom é a vida que dá e dá pode acreditar
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| Às vezes palavras tortas, às vezes laiá-laiá (há)
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| Eu tenho a alma de um lanceiro, que nunca se entregou
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| Bandeiras erguidas, mãos pro alto que a gente chegou
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| Abre alas pra minha folia
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| Já está chegando a hora
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| Abre alas pra minha bandeira
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| Já está chegando a hora
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| Um bom malandro sempre tem os amigos por sua volta
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| Família? | 
| Toma conta que assim nunca toma volta
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| Então, cê pode pensar, se é que cê pensa na escolha
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| De ter uma arte na cabeça até o muro que tu escolta
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| Nem sempre foi assim, mas tu já viu minha arte na rua
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| Tua mina ouve meu rap mas cada um na sua
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| Calça larga ou skinny jeans, um boné e um tênis
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| Sem vergonha de ser do gueto, fechando as correntes
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| Já plantamos as sementes, hoje colhemos conquistas
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| Ouvir o som sair da rua pro rádio, pra pista
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| Tá mole, perdeu de vista, tamo forte no jogo
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| Minha luta, minha história, minha glória, meu povo
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| Não é replay, como manda o rei, de novo
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| Eu já falei que a minha família toca fogo (há)
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| Eu sou do Andara e não posso negar
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| E nem vou, oh, abre alas que eu quero passar (simbora)
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| Prestem atenção, prestem atenção, prestem atenção, prestem atenção atenção |