Letras de Serás Sempre Lisboa - Mafalda Arnauth

Serás Sempre Lisboa (original)

Tens sempre na ponta da língua
Resposta p’ra tudo
Com teu ar certeiro
Tens esse grito que ecoa
E nunca magoa
Por ser verdadeiro
Tens nas varinas a raça
E no gingar a pirraça
Pois pode o tempo passar
Serás sempre Lisboa
Ai, Lisboa
Ai, tão bela
Tens a Graça por janela
De onde vejo o quanto tenho para amar
E vou correndo até ao rio
Pelo caminho beijo a Sé
Chego a Alfama em desvario
Porque é maior a minha fé
E canto, canto, canto
Ao fado, a Lisboa, à minha vida
Tens esse jeito dos simples
Que à hora da janta
Cabe sempre mais um
E abres os braços aos outros
Dizendo: «São loucos
Não é favor nehum»
E até das brigas de amor
Dizes que são do calor
Que te alimenta o sentir
Que te faz ser Lisboa
Ai, Lisboa
Ai, tão bela
Tens a Graça por janela
Que aos amantes dá motivo p’ra sonhar
Talvez a marcha já não passe
E a boémia está esquecida
E haja mesmo quem arraste
Esta Lisboa qual vencida
E eu canto, canto, canto
Ao fado, a Lisboa, à minha vida

(traducción)

Siempre lo tienes en la punta de la lengua
responder a todo
con tu aire
Tienes ese grito que hace eco
Y nunca duele
por ser verdad
Tienes la carrera en tus varitas.
Y al agitar la paz
Bueno, el tiempo puede pasar
Siempre serás Lisboa
oh lisboa
Oh que hermoso
Tienes Grace por ventana
Desde donde veo cuanto tengo que amar
Y estoy corriendo hacia el río
En el camino, beso a Sé
llego a alfama enloquecido
Porque mi fe es mayor
Y cantando, cantando, cantando
Al fado, a Lisboa, a mi vida
Tienes esa manera simple
que en la cena
siempre hay uno mas
Y abre tus brazos a los demás
Diciendo: "Están locos
no es un favor"
Y hasta las peleas de amor
Dices que son del calor
Que te alimenta sintiendo
¿Qué te hace Lisboa?
oh lisboa
Oh que hermoso
Tienes Grace por ventana
Que los amantes den motivos para soñar
Tal vez la marcha ya no pase
Y la bohemia se olvida
Y hasta hay quien arrastra
Esta Lisboa que ha sido derrotada
Y yo canto, canto, canto
Al fado, a Lisboa, a mi vida